quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Vindmøller - Moinhos de vento

Logo quando entrei na escola de dinamarquês me pediram pra fazer um trabalho em grupo e nosso tema era sobre os moinhos de vento, mais especificamente Vestas (http://www.vestas.com). Então, fomos nós atrás de saber o que era. Tratava-se de uma empresa dinamarquesa de energia eólica. Achei bem interessante e resolvi compartilhar aqui no blog.
Depois da primeira crise do petróleo, a Dinamarca decidiu apostar nas energias alternativas, como a eólica (ventos), já que é um país que venta muito. Até então, o país importava 100% da sua energia. Hoje é uma espécie de campeã mundial de energia eólica, tornando-se referencia. Os moinhos de vento estão presentes em boa parte do litoral do país e representam 20% do consumo de energia elétrica pelos dinamarqueses. Até 2025, o governo espera dobrar a capacidade instalada e tirar dos ventos 50% de energia elétrica consumida (querem produzir mais energia com menos moinhos, aumentando o tamanho das turbinas). É um negócio privado, onde as empresas recebem o preço médio da energia mais um valor fixo de subsídios, pago pelo consumidor dinamarquês, não pelo Estado. Parece uma história de sucesso: gera grande quantidade de energia, relativamente barata e não poluente, atrai investimentos, cria empregos e aumenta as exportações.  E realmente é um sucesso na Dinamarca, uma das economias mais desenvolvidas e eficientes do mundo, mas que possivelmente enfrentaria sérias limitações nos países em desenvolvimento (ou mesmo países desenvolvidos). Ao contrário de uma hidrelétrica, que pode reduzir a vazão e armazenar água (energia) à noite, quando o consumo de eletricidade é menor, a energia eólica não produzida à noite é perdida. Para reduzir essa perda, a Dinamarca aquece água à noite para o sistema de calefação de casas e escritórios. Isso maximiza o uso da energia eólica, o que ajuda a reduzir o subsídio necessário. Para que o uso amplo de uma energia barata, limpa e renovável (não se esgota) seja viável há condições que poucos países hoje conseguem atender. 
No Brasil também temos energia eólica, mas representa muuuuuito pouco se comparado com a porcentagem total do consumo de energia elétrica do país e mundialmente representa 0,3%.

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